quarta-feira, 2 de setembro de 2020

 Me falas, o que queres de mim? Se cala, e determina o fim…

Então fala, que talvez assim eu entenda, quem se cala com suas inferências…
Dizem que tu passas, com gestos intermitentes, e eu não vejo…
Especularam que tu sopras, ressoando em assovios, e eu não ouço!
Exclamaram até que tu curas com o passar majestoso, porém, não sinto…
Conheço-te por números apenas, talvez seja isso.
Lembro-me de ti por períodos, e divisões de matérias, enquanto me obrigavam a exercer uma determinada tarefa.
Ah! Lembrei, você também determinou minha idade, reverberou a saudade, e com passos largos fez calar a cor:
Mas ainda sim, lhe conheço apenas como infrator.
Alguns lhe denominam como senhor, outros, lhe atribuem à condição de Oráculo, e tem àqueles que presos na remuneração lhe veem como obstáculo.
Eu, apenas resolvi te esquecer, de que me vale preocupar contigo, se você é infinito e relativo, e eu de tão ínfimo, algum dia no espaço, irei perecer.


— (Carta Aberta ao Tempo).

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