sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Durkheim... [ DETERMINAÇÃO DO FATO MORAL ] { Dissertação }.  ( Pg. 51 / 74. )

Palavras-Chave: Dever /  Desejabilidade  / Deus  / Sociedade Eudemonismo  / Qualitativo. 


Durkheim inicia sua análise sobre os fatos morais colocando em evidência sua utilização prática, como regras de condutas sociais.
Por seguinte, destingue seus substratos, dever e desejabilidade que são compatíveis dentro do plano moral, não pendendo tanto para o lado de Kant que coloca a moral a serviço do dever nem para o lado da ética utilitarista que coloca o bem acima do dever.
Pela fronte do dever Durkheim decorre que é necessário o eudemonismo, coibindo os instintos naturais para que tenhamos uma desejabilidade e inclinações para com a moral. Porém, nada disso teria seu valor se não fosse a interação entre individualidades, ou seja, a moral só ganha real valor dentro dos parâmetros sociais.

Durkheim também estratifica a moral em Cívica, Doméstica, Profissional e Contratual, e ressalta que o indivíduo por mais apto que seja sempre terá um daltonismo moral em alguma das partes.
Destaca-se com maior importância a moral civíca, pelo fato de ser comum a todos, objetiva e impessoal.

Em relação aos delitos morais e o ato em si, há uma distinção entre o ato imoral que estará ligado diretamente a sua consequência legal, e o ato imoral que decorre de várias circunstâncias até chegar a sua consequência, que convém a uma ligação sintética entre o ato e o que provém dele.

Em questões de prerrogativas morais Durkheim coloca duas maneiras de Orientação, Deus ou Sociedade, quem se cativa pelas ordens divinas tem uma imoralidade precedente pelo próprio ato, legislado pelo pecado e os dez mandamentos.
Já quem se cativa pelo âmbito social tem sua imoralidade pela consequência.

Se tratando de religião, para Durkheim, o simbolísmo religioso tem a capacidade de incitar a dualidade do substrato moral no indivíduo, tanto o dever de coibir pelo pecado tanto o desejo de cativar pelo além-mundo.

Durkheim enxerga no ato voltado para si mesmo algo sem valor moral se não for um meio com a finalidade coletiva, assim como vê no ato voltado para os outros algo sem contenção moral se não visar o qualitativo. Ou seja, a moralidade está diretamente ligada ao coletivo.

Tendo a visão coletiva como finalidade última e levando em conta a contextualidade, se depreende que a moral social de cada sociedade deriva-se da realidade coletiva, que faz parte das mentes individuais, porém, se impõe a elas, porque às transcendem.
Porém, não podemos aceitá-la passivamente em vias de opinião pública, mas, confrontá-la quando nos submeter ao suborno da Razão.



terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Vidas sem alma, vidas em cláusulas, vírgulas pétreas, segure as pétalas,
sentimos pedras..
Entre perdas névoas...

Sempre o erro que herda..
Semeia o peso que nega..

Sempre o medo deserda..

                Eduardo Alves.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

[ Émile Durkheim / Sociologia e Filosofia ] { Pg 25/50 }    ( Dissertação )

Palavras-Chave: Representações. Individual/Coletivo.  Analogia.  Espiritualidade/Hiperespiritualidade.  Fenômenos Sociais.




Em relação ao seu primeiro trabalho intelectual, conhecido como "Da divisão do Trabalho Social" em que fica explícito a preocupação de Durkheim em demonstrar como surge a passagem de formas de Organizações Coletivas, de SociedadesTradicionais para Sociedades Modernas.. Devido ao aumento da diversidade Funcional do sujeito perante a Complexificação do Trabalho,  gerando o enfraquecimento da  Consciência Coletiva.
Durkheim chega em seu último trabalho com uma grande inflexão sobre as nomenclaturas sociais abandonando o termo Consciência Coletiva para Representações Coletivas, tirando o peso morfológico dos Fatos Sociais para Ideais de Valores que acontecem perante a eminência de Fenômenos Sociais, fenômenos estes que corroboram em determinado Espaço-Tempo com a formação de Conceitos e Categorias.

Durkheim desloca a análise direta da ação social para a representação indireta dos ideais de valores e conceitos que geram tais ações.

Fica claro sua analogia entre Social e Individual com relação as Representações. 

Assim como conceitos e categorias são fixados por meio de efervescências individuais em determinado Espaço-Tempo que correlacionadas se diluem no Todo gerando a formação de uma Transcendência do Coletivo em relação ao Substrato Individual.. Coloca-se também os Fatos Mentais como Transcendente em relação às Células Cerebrais isoladas, que interligadas dão luz a consciência.
Destarte, duas nomenclaturas análogas são essenciais para compreender a Autonomia que rege as Representações, independente de seus Substratos Isolados.. Hiperespiritualidade Coletiva e Espiritualidade Individual.

CONSEQUÊNCIAS DE UM FUTURO DE UM PRESENTE. Renato Russo já citava e refletia a realidade e pior doença de hoje há 20 anos atrás.. “...